A educação financeira é essencial para a gestão eficaz dos recursos pessoais e familiares. Ela proporciona conhecimento sobre como planejar, economizar e investir de maneira responsável, ajudando a evitar endividamentos desnecessários e a alcançar objetivos de curto e longo prazo. Compreender conceitos financeiros básicos e avançados permite tomar decisões mais informadas e seguras, contribuindo para uma maior estabilidade econômica e a construção de um patrimônio sustentável ao longo da vida.
- Inadimplência de operações: A inadimplência ocorre quando um devedor não honra suas obrigações de pagamento em relação a uma operação de crédito. Em outras palavras, ela acontece quando alguém que deve dinheiro não consegue pagar o que prometeu. Isso pode acontecer em várias situações, como quando alguém não paga um empréstimo, um financiamento, a fatura do cartão de crédito ou outras dívidas. Basicamente, é quando a pessoa não cumpre com o combinado e deixa de pagar o que deve.
- Superendividamento: O superendividamento ocorre quando uma pessoa, de boa-fé, que tem a intenção de pagar, não consegue quitar todas as suas dívidas sem comprometer sua subsistência básica. Isso pode afetar tanto consumidores quanto empresas.
O superendividamento para empresas ocorre quando uma organização enfrenta uma situação em que suas dívidas se acumulam a ponto de comprometer sua capacidade de pagamento e funcionamento. Assim como no caso de pessoas físicas, o superendividamento empresarial pode ter consequências graves e afetar a saúde financeira da empresa.
Existe até uma Lei do Superendividamento (Lei 14.871/21) que regulamenta a prevenção e o tratamento dessa situação. Ela visa proteger os consumidores e estabelece diretrizes para ações preventivas e soluções para quem está superendividado. Clique aqui e saiba mais sobre essa Lei.
Para evitar esse cenário e promover a saúde financeira, é essencial adotar medidas preventivas e estar bem informado sobre crédito.
- Investimento fixo: Pode ser utilizado para reformas, melhorias no ambiente da empresa, compra de maquinário, equipamentos e automóveis.
- Capital de giro puro: Investimento para a compra de mercadorias ou matéria-prima. Também pode ser usado para despesas administrativas, como o pagamento de salários.
- Misto: Quando o investimento fixo necessita também de capital de giro. Por exemplo, a compra de maquinário e dos insumos para iniciar a produção.
- Microcrédito: Empréstimos de baixo valor oferecidos aos negócios de pequeno porte, sejam eles formais ou informais. Essa modalidade é a mais indicada para Microempreendedores Individuais (MEI).
- Identifique as necessidades: Antes de buscar um financiamento, avalie as necessidades reais da empresa. Ela precisa de recursos para melhorias na estrutura, compra de maquinário ou matéria-prima? Conhecer as necessidades é fundamental para escolher a modalidade certa.
- Faça um plano de negócios detalhado: Elabore um plano de negócios sólido. Isso ajudará a demonstrar a viabilidade do empreendimento.
- Avalie sua capacidade de pagamento: Os financiadores querem saber se você pode pagar o financiamento. Calcule sua capacidade de pagamento com base nas projeções financeiras e no histórico de faturamento da empresa.
- Documentação Completa: Prepare-se com todos os documentos necessários.
O crédito é uma ferramenta que permite que uma pessoa ou empresa obtenha recursos financeiros de terceiros, geralmente instituições, para uma compra ou investimento. É uma forma de empréstimo em que o credor empresta o dinheiro necessário e o devedor se compromete a devolvê-lo em um prazo determinado , acrescido de juros e outras taxas. Nesse tipo de acordo, o devedor recebe o valor que precisa para alcançar o seu objetivo e se compromete em devolver o empréstimo ao credor em um prazo determinado. Portanto, pagar com o cartão de crédito significa pegar o dinheiro emprestado para pagar alguma coisa. Você só irá, efetivamente, pagar aquele valor quando quitar fatura do cartão.
1. Cartões de Crédito: Permitem que o consumidor faça compras e pague posteriormente.
O importante! Os juros dos cartões de crédito são elevados e o uso excessivo dessa modalidade pode levar a dívidas acumuladas. E como funciona os juros dos cartões? São valores adicionais que o usuário paga quando não quita o valor total da sua fatura até a data de vencimento. Esses juros são calculados diariamente e podem se acumular rapidamente. Portanto, é importante pagar a fatura integralmente para evitar dívidas desnecessárias.
2. Empréstimos: Permitem que o tomador use o dinheiro para qualquer objetivo sem a necessidade de justificar sua aplicação. São concedidos geralmente por instituições financeiras, e na maioria das vezes, os juros são mais altos e os prazos, mais curtos. É essencial avaliar cuidadosamente a real necessidade antes de contrair um empréstimo.
3. Financiamentos: O financiamento está diretamente vinculado à compra de um bem específico. Os juros do financiamento costumam ser mais baixos e os prazos mais alongados. Um exemplo é quando o tomador financia a compra de uma casa ou um carro e o dinheiro é liberado diretamente para essa finalidade.
Contratar um financiamento para uma empresa é uma etapa importante e requer planejamento. Aqui estão algumas dicas para te ajudar a obter um financiamento de forma eficaz:
- Esteja atento às datas de vencimento: evite atrasos no pagamento.
- Leia atentamente as informações fornecidas pelas instituições financeiras: conheça as taxas de juros, multas e condições contratuais.
- Crie um orçamento detalhado para sua empresa, incluindo todas as receitas e despesas.
- Acompanhe regularmente o fluxo de caixa e faça ajustes conforme necessário.
- Evite acumular dívidas excessivas. Tenha critério ao contrair o crédito.
- Priorize o pagamento de dívidas com juros mais altos primeiro.
- Mantenha um bom relacionamento com fornecedores e credores.
- Se estiver enfrentando dificuldades financeiras, negocie prazos e condições de pagamento.
- Não dependa exclusivamente de um cliente ou mercado. Diversifique suas fontes de receita para reduzir o risco de superendividamento.
- Acompanhe indicadores como margem de lucro, índice de liquidez e endividamento.
- Identifique sinais de alerta precocemente e tome medidas corretivas.
- Automatize processos e otimize a operação para reduzir custos.
- Invista em tecnologia que melhore a produtividade e a eficiência.
- Treine sua equipe sobre gestão financeira e a importância de evitar o superendividamento.
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Conheça sua situação financeira: Antes de iniciar qualquer negociação, compreenda a saúde financeira do seu negócio. Analise o grau de endividamento, evitando assumir pagamentos que a empresa não pode arcar. Isso é fundamental para tomar decisões acertadas.
Organize-se: Mapeie todas as dívidas da empresa. Reúna informações como nome do credor, valor da prestação, taxa de juros e prazo. Essa organização permitirá uma visão clara da situação financeira e do nível de endividamento.
Priorize as dívidas mais impactantes: Foque na renegociação das dívidas que têm maior impacto no negócio. Isso pode incluir aquelas com juros elevados ou que afetam diretamente o fluxo de caixa.
Analise as condições de renegociação de forma ampla: Ao buscar a renegociação, leve em consideração diversos fatores, como prazo, taxa de juros, valor da parcela e garantias exigidas. Esteja preparado para alinhar-se às condições oferecidas pelo credor.
Participe de programas de renegociação: Fique atento a iniciativas governamentais ou bancárias que ofereçam oportunidades de renegociação. O “Mutirão de Renegociação Tributária” da União, por exemplo, pode ser uma alternativa interessante.
Benefícios da renegociação:
Melhora a gestão financeira: A renegociação permite um maior controle sobre as despesas do negócio, promovendo consciência sobre os gastos, otimizando o controle de contas e evitando novos endividamentos.
Reduz o risco de falência: Ao renegociar dívidas, evita-se que elas cresçam com o tempo e se tornem insustentáveis. Isso aumenta a probabilidade de manter a empresa operando e evita a falência.
Aumenta a credibilidade do negócio: Cumprir acordos de renegociação demonstra comprometimento e responsabilidade, e isso melhora a imagem da empresa perante credores e parceiros comerciais.
Juros menores: Na renegociação, é possível negociar taxas de juros mais baixas. Isso reduz o custo financeiro das dívidas e alivia o fluxo de caixa.
Traz mais segurança: Ao regularizar as dívidas, evita-se ações judiciais, penhoras e outras consequências legais. Isso proporciona maior tranquilidade para focar no crescimento do negócio.