Seminário em Fortaleza discute transição energética no Nordeste
Em evento sobre powershoring, Bandes mostra como o Fundo de Descarbonização integra crescimento econômico e sustentabilidade no setor industrial
22/10/2025 16:00
Modificar os padrões de consumo energético para frear as mudanças climáticas tem sido uma das prioridades mundiais. Nesse sentido, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), como supervisor do Fundo de Descarbonização do Espírito Santo, estará presente no seminário “Como escalar e acelerar os investimentos sustentáveis no Nordeste: As Oportunidades do Powershoring”, nesta quinta-feira (23), para contribuir com o debate de temas ligados ao futuro dos investimentos sustentáveis. O evento acontece em Fortaleza, no Ceará.
O termo “Powershoring”, derivado do inglês “power” (energia) e “shoring” (realocação), define uma tendência global que incentiva a transferência de indústrias de alto consumo energético para regiões com oferta abundante de fontes limpas e baratas. No Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 85% das matrizes elétricas são renováveis, com capacidade instalada acima de 200 GW e forte potencial de crescimento nas fontes solar e eólica, o que torna o país um destino competitivo e sustentável, especialmente no Nordeste.
Reunindo lideranças dos setores público e privado, representantes de instituições financeiras, da sociedade civil e da academia, além de investidores nacionais e internacionais, com vistas para a COP30, o evento busca dialogar sobre os desafios e as oportunidades para posicionar o Nordeste brasileiro como protagonista da Transição Energética Justa. A expectativa é impulsionar a neoindustrialização, para fortalecer cadeias produtivas de baixo carbono e o desenvolvimento territorial inclusivo, com base nas estratégias de powershoring.
Durante o painel intitulado “Mecanismos financeiros para destravar o Powershoring: aprendizados e construção de uma agenda comum”, o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive, apresentará a visão estratégica do banco para o atual cenário de expansão econômica e destacará como o Fundo de Descarbonização atuará na promoção de projetos que incorporem tecnologias limpas à produção industrial, contribuindo para aprimorar a eficiência dos processos, reduzir a pegada de carbono e fortalecer a competitividade em alinhamento com as diretrizes de desenvolvimento sustentável do Estado.
“Enfrentar as mudanças climáticas é pensar no futuro do modelo de desenvolvimento, da geração de renda e da economia capixaba, uma agenda que exige seriedade, visão de longo prazo e soluções concretas”, complementa o diretor-presidente do banco.
O encontro é promovido pelo Consórcio de Governadores do Nordeste, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Instituto Clima e Sociedade (ICS), com apoio do Instituto E+ Transição Energética, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Conselho Empresarial Brasil China (CEBC) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).
Em 2024, o Bandes já havia concluído o projeto “Diagnóstico Climático”, que mobilizou mais de 300 empresas e resultou na elaboração de 25 inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), contabilizando mais de 1,2 milhão de toneladas de carbono. A iniciativa serve de base para a aplicação dos recursos do Fundo e para o apoio às companhias na transição para uma economia de baixo carbono.
Além disso, em parceria com o Observatório Findes, o banco mapeou o comportamento das indústrias capixabas em relação à sustentabilidade. O levantamento revelou que 80% das empresas demonstram interesse em adotar medidas de descarbonização, 90% já apresentam maturidade em eficiência energética e gestão de resíduos, e 56% têm investimentos previstos nessa área. Os números confirmam que o setor industrial capixaba avança em direção a um modelo de crescimento mais limpo, eficiente e competitivo.
Com aporte inicial de R$ 500 milhões do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), criado em 2019 para gerir de forma responsável os recursos do petróleo e gás, o Fundo seguirá as diretrizes da CVM e da ANBIMA.
A BTG Pactual Asset Management S/A DTVM foi a gestora escolhida entre 11 candidatas nacionais.
O termo “Powershoring”, derivado do inglês “power” (energia) e “shoring” (realocação), define uma tendência global que incentiva a transferência de indústrias de alto consumo energético para regiões com oferta abundante de fontes limpas e baratas. No Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 85% das matrizes elétricas são renováveis, com capacidade instalada acima de 200 GW e forte potencial de crescimento nas fontes solar e eólica, o que torna o país um destino competitivo e sustentável, especialmente no Nordeste.
Reunindo lideranças dos setores público e privado, representantes de instituições financeiras, da sociedade civil e da academia, além de investidores nacionais e internacionais, com vistas para a COP30, o evento busca dialogar sobre os desafios e as oportunidades para posicionar o Nordeste brasileiro como protagonista da Transição Energética Justa. A expectativa é impulsionar a neoindustrialização, para fortalecer cadeias produtivas de baixo carbono e o desenvolvimento territorial inclusivo, com base nas estratégias de powershoring.
Durante o painel intitulado “Mecanismos financeiros para destravar o Powershoring: aprendizados e construção de uma agenda comum”, o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive, apresentará a visão estratégica do banco para o atual cenário de expansão econômica e destacará como o Fundo de Descarbonização atuará na promoção de projetos que incorporem tecnologias limpas à produção industrial, contribuindo para aprimorar a eficiência dos processos, reduzir a pegada de carbono e fortalecer a competitividade em alinhamento com as diretrizes de desenvolvimento sustentável do Estado.
“O Espírito Santo se destaca entre os poucos Estados que possuem um banco de desenvolvimento regional, uma ferramenta estratégica capaz de transformar competitividade em sustentabilidade. Com o Fundo de Descarbonização, avançamos decisivamente na integração entre crescimento econômico e compromissos climáticos, convertendo receitas do petróleo e do gás em investimentos sustentáveis”, afirma Saintive.
O encontro é promovido pelo Consórcio de Governadores do Nordeste, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Instituto Clima e Sociedade (ICS), com apoio do Instituto E+ Transição Energética, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Conselho Empresarial Brasil China (CEBC) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).
A descarbonização da Indústria capixaba
O Espírito Santo registrou o maior crescimento industrial do país na comparação entre junho de 2025 e o mesmo mês do ano anterior. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial capixaba avançou 17,4%, destacando o dinamismo da economia estadual e reforçando a importância de alinhamento entre o avanço produtivo e as metas de descarbonização.Em 2024, o Bandes já havia concluído o projeto “Diagnóstico Climático”, que mobilizou mais de 300 empresas e resultou na elaboração de 25 inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), contabilizando mais de 1,2 milhão de toneladas de carbono. A iniciativa serve de base para a aplicação dos recursos do Fundo e para o apoio às companhias na transição para uma economia de baixo carbono.
Além disso, em parceria com o Observatório Findes, o banco mapeou o comportamento das indústrias capixabas em relação à sustentabilidade. O levantamento revelou que 80% das empresas demonstram interesse em adotar medidas de descarbonização, 90% já apresentam maturidade em eficiência energética e gestão de resíduos, e 56% têm investimentos previstos nessa área. Os números confirmam que o setor industrial capixaba avança em direção a um modelo de crescimento mais limpo, eficiente e competitivo.
O Fundo de Descarbonização
Alinhada ao Plano de Descarbonização e Neutralização das Emissões de GEE do Espírito Santo, lançado em 2023, a iniciativa busca reduzir 27% das emissões até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono em 2050.Com aporte inicial de R$ 500 milhões do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), criado em 2019 para gerir de forma responsável os recursos do petróleo e gás, o Fundo seguirá as diretrizes da CVM e da ANBIMA.
A BTG Pactual Asset Management S/A DTVM foi a gestora escolhida entre 11 candidatas nacionais.
Saiba mais:
www.bandes.com.br/descarbonizacao
Texto: Mavi Sant’Anna
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