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‘Sopa de letrinhas’: Você sabe o que é um FIP?

Entenda o que significa a sigla que está na moda no momento.
20/01/2022 09:00
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searchO Bandes é pioneiro na modalidade de investimento no Estado

Pelo fato de o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) ser um grande incentivador do ecossistema da inovação no Espírito Santo, vez ou outra, é comum falarmos nas reportagens sobre as três letras “do momento”, os FIPs, ou Fundos de Investimento em Participação. Mas, afinal, o que é isso?

Um Fundo de Investimento em Participação é uma modalidade de investimento coletiva, que tem uma série de características que a difere das outras possibilidades de financiamentos tradicionais, em que alguém paga de volta o recurso que usou para investir.

searchcada fundo possui especialistas nas áreas prioritárias de investimento.
searchO banco faz o 'meio de campo' entre investidores e empresas com potencial para serem investidas.

Começando do começo: o que é um fundo de investimento?

Em linhas gerais, num fundo de investimento, o investidor – pode ser uma pessoa física ou jurídica que já tenha investido R$ 1 milhão ou um profissional certificado do mercado financeiro –, adquire algumas cotas de participação. Com isso, o cotista passa a participar dos resultados alcançados pela empresa investida.

Todo fundo tem a sua estratégia de investimento, ou seja, determinado segmento econômico ou tipo de empresa, além de um período determinado de tempo em que passa a participar da empresa investida. No caso dos FIPs em que o Bandes é cotista, uma empresa gestora faz esse “meio de campo”. Seleciona as empresas que receberão os investimentos do fundo e atua participando da gestão e do crescimento dessas empresas.

Vale lembrar que existem diversos tipos de fundo e o Fundo de Investimento em Participação é apenas um deles. Nesse caso, um de seus diferenciais está na possibilidade de investimento em empresas de capital fechado.

“O Fundo de Investimento em Participações é um tipo de investimento em renda variável constituído sob a forma de condomínio fechado de investidores. Para investir, é necessário adquirir cotas, que poderão ser resgatadas apenas ao término da duração do Fundo ou quando deliberado em assembleia dos cotistas”, explicou a gerente de Participações do Bandes, Ivone Pontes.

Segundo ela, o FIP tem sua base como a de outros fundos, ou seja, capta recursos de vários investidores para investir em empresas em fase de desenvolvimento, tornando-se sócio da empresa investida, participando diretamente do processo decisório da organização e exercendo influências na sua gestão. O objetivo é criar valor para a empresa e, assim, obter lucro com o seu crescimento.

Depois de alguns anos, após o investimento, começa a fase de desinvestimento, que consiste na venda da participação do FIP para outras empresas ou aos demais sócios, retornando o capital para os investidores iniciais, os cotistas, fechando, assim, o ciclo de investimento a longo prazo.

Categorias

Existem algumas categorias estratégicas de FIPs: “capital semente”, “empresas emergentes”, “infraestrutura” e “multiestratégia”. A diferença entre essas categorias presentes no mercado está no foco do investimento. Os dois primeiros tipos, semente e emergentes, têm critérios acerca da renda bruta anual, enquanto o de infraestrutura busca injetar capital em empresas do setor. Já o multiestratégia, diferentemente dos anteriores, não tem um critério específico, podendo investir em empresas de variadas categorias, como é o caso do FIP do Fundo Soberano, a mais nova estrela do desenvolvimento do Estado.

Agentes importantes do FIP

Para que o fundo funcione, existem três agentes importantes. O primeiro deles, o administrador, é a instituição responsável por constituir o fundo, aprovar regulamentos e cuidar das pendências administrativas.

Já o gestor é quem tem o papel de gerenciar o capital do fundo, as estratégias e também é responsável pelas escolhas dos investimentos que serão efetivados. É ele quem aloca os recursos, ou seja, destina verbas e tem participação direta na gestão da empresa.

Por fim, o cotista, como no caso do Bandes, é o agente investidor do fundo. Ele adquire cotas e fica encarregado de custear a taxa de administração e a taxa de desempenho. Em outras palavras, é uma quantia paga para subsidiar a administração e o trabalho do gestor do fundo.

“O Bandes é a única instituição no Espírito Santo que é investidor de FIPs, geridos e administrados por profissionais altamente qualificados e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM. A gestora de cada FIP tem o desafio de selecionar e investir, pelo menos o capital aportado pelo Bandes no fundo, em empresas inovadoras com alto potencial de crescimento no Estado”, acrescentou Ivone Pontes.

A carteira vai bem, obrigado!

Hoje, cinco FIPs compõem a carteira do Bandes como cotista, com quase R$ 40 milhões: o Trivèlla M3 VC4, o Criatec3, o Primatec, o Seed4Science e o FIP Anjo. Fora dessa conta está o FIP Funses 01, um fundo exclusivo e na modalidade venture capital multiestratégia, com recursos do Fundo Soberano, do qual o banco do desenvolvimento capixaba coordenou o processo de seleção da empresa gestora. Com esse novo fundo, a carteira do banco capixaba pode chegar a quase R$ 300 milhões.

Atualmente, o Bandes atende focado na modalidade venture capital, ou seja, com enfoque em empresas emergentes. De forma geral, são empresas com um menor porte de faturamento. “Alguns fundos consideram até empresas em estágio pré-operacional, mas com grande potencial de crescimento”, complementou Ivone Pontes.

Falando sobre inovação, a gerente de Participações do Bandes destacou que o investimento em empresas, por meio de FIPs, é mais uma iniciativa do Bandes de fomento ao desenvolvimento do Espírito Santo, contribuindo de forma direta para a ampliação do ecossistema de inovação capixaba. “É muito importante considerar também que o apoio obtido pelas investidas das gestoras profissionais desses Fundos vai além do aporte de capital, oferecendo também expertise para que as empresas se desenvolvam de forma sólida, além de gerar e aumentar o nível de emprego e renda onde se inserem”, observou.

searchA área responsável pela carteira de FIPs no Bandes é a Gerência de Participações

Conheça cada FIP:

Criatec 3: para empresas que desenvolvem tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução, ainda em estágios iniciais, e que precisam se estruturar para um crescimento acelerado. Áreas de foco: Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), Biotecnologia, Agronegócio, Novos Materiais e Nanotecnologia.

Primatec: para empresas de base tecnológica com alto potencial de crescimento e voltadas para o ecossistema de inovação nacional e o empreendedorismo. Este fundo apoia pequenas e médias empresas inovadoras sediadas há menos de dois anos em incubadoras e parques tecnológicos. Áreas de foco: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Sustentabilidade e Energia, Economia Criativa.

Seed4science: apoia empresas que atuam em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) e aplicação de produtos, processos e serviços de alta tecnologia e/ou significativo teor de inovação na solução de problemas relevantes em grandes mercados. Áreas de foco: Biotecnologia; Nanotecnologia; Internet das Coisas e materiais avançados; Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em especial aquelas relacionadas à big data e machine learning, com verticais de aplicação em Agronegócio, Indústria, Saúde e Bem-estar e Varejo.

Fundo ANJO - Fundo Capital Semente Coinvestimento Anjo: Para empresas que desenvolvem tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução, em estágios iniciais e que precisam se estruturar para um crescimento acelerado. Áreas de foco: Economia Criativa; Agronegócios; Saúde e Biotech; Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); “Fintechs”; Cidades Inteligentes.

FIP Trivèlla M3 VC4: o fundo investe em tecnologia para setores prioritários, gargalos da economia brasileira: saúde, educação, energias renováveis e agronegócio; tecnologia para mobilidade urbana, segurança pública, cidades inteligentes e Internet das Coisas (IoT); Tecnologia para varejo e logística; Tecnologia para o mercado financeiro de empresas enquadradas no conceito de fintechs.

Para mais detalhes sobre cada FIP, acesse link

Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Institucional do Bandes
Bárbara Deps Bonato / Wilson Igreja Campos
(27) 99774-4428
comunica@bandes.com.br