Atuação dos bancos de desenvolvimento no crédito emergencial
Artigo aborda adaptação das instituições às novas realidades
30/07/2024 11:00
Aqui no Espírito Santo, com o primeiro evento em 2020, quando chuvas provocaram diversos prejuízos a municípios no Sul, em especial em Iconha, o Bandes, orientado pelo Governo do Espírito Santo, iniciou sua nova "linha de produção": as linhas emergenciais. A criação de linhas emergenciais mitiga o risco de um colapso econômico na região. Ainda em 2020/21, com a pandemia da Covid-19, novamente entramos em ação com a linha emergencial para, da mesma forma, evitar um colapso econômico em todo o Estado. Naquela ocasião, o Fundo de Proteção ao Emprego (FPE) com R$ 250 milhões foi disponibilizado para as empresas manterem seus postos de trabalho.
Agora, em 2024, com os alagamentos em 13 municípios no Sul do Estado, em especial em Mimoso do Sul, novamente entramos em ação com a linha emergencial, desta vez com o Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba (Fortec). O fundo, também criado pelo Governo a partir de outros fundos emergenciais, destinou R$ 50 milhões para crédito de giro com taxa subsidiada de 50% do valor da Selic - em números atuais de 5,25% ao ano - para crédito de 21 a R$ 500 mil, com 12 meses de carência total e 48 meses para quitar, dispensando certidões e adotando a assinatura eletrônica para diminuir prazos de liberação e burocracia bancária.
Essa é uma das novas funções do Bandes. Apoiar e recuperar o giro econômico do comércio, indústrias e empreendedores de municípios afetados por eventos climáticos de forma rápida e eficiente. Essas ações do Bandes só foram possíveis por conta de uma equipe preparada, um Estado equilibrado com suas contas em dia, gestão de excelência, um Fundo Soberano, e que desde 2012 é Nota A junto ao Tesouro Nacional. Isso resulta, de forma rápida e ágil, criar fundos e linhas disponibilizando recursos com juros subsidiados, com carência e prazos alongados. O setor produtivo, mais uma vez, pode contar com o Bandes para mitigar esses efeitos e evitar perdas econômicas ainda maiores para empresas, municípios e população capixaba.
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*Diretor de Negócios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)