Agenda do futuro requer implementação da abordagem ESG nas empresas
Artigo
22/12/2023 15:00
O Bandes se preparou, no seu planejamento estratégico, para o financiamento de investimentos sustentáveis em 2024 e, principalmente, em consonância com as estratégias do mundo corporativo. Essas têm dado cada vez mais atenção a um tema que impacta positivamente o relacionamento entre as empresas e seus públicos e, em última instância, a toda a sociedade. A incorporação e a implementação da agenda ESG (Environmental, Social and Governance) - os aspectos ambiental, social e de governança na gestão dos negócios - tem sido recorrente nas altas esferas empresariais.
O conceito, amplamente divulgado, despontou no mercado financeiro a partir de uma busca por indicadores que traduzissem as ações de sustentabilidade nos resultados. A sigla foi mencionada pela primeira vez em 2004, em um grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment (PRI), rede ligada à ONU com o objetivo de convencer investidores por investimentos sustentáveis.
A pauta tende a se fortalecer, acompanhando as demandas do público, as alterações nos hábitos de consumo e as inovações no universo empresarial. Atualmente investidores analisam aspectos que vão além da dimensão financeira (EBITDA, receitas, custos, estruturação de financiamento, ativos e passivos, etc.) da governança corporativa tradicional que impacta a gestão ou a qualidade de produtos e serviços. Concretamente, as partes interessadas envolvidas direta ou indiretamente na governança empresarial agora consideram a adoção de boas práticas de sustentabilidade, governança e de responsabilidade social, diversidade, entre outros. Mas, na prática, por que uma organização deveria adotar uma agenda sustentável?
Ao acompanhar constantemente os avanços e os resultados de cada temática separadamente (ambiental, social e de governança), as empresas desenvolvem relações mais sólidas com seus colaboradores, reguladores, fornecedores e clientes. Empresas que focam em ESG têm vantagens no mercado, com a possibilidade de reduzir custos e aumentar a rentabilidade a médio e longo prazo. Isso se deve à atração e à fidelização de clientes por meio de produtos mais sustentáveis. Práticas ambientais, como redução do consumo de água e energia, ou seu reuso ou a adoção de energia renovável podem resultar em economia de custos e maior apoio financeiro. Além disso, há a valorização da marca e a governança ganha mais transparência, com divulgação regular de relatórios das ações e resultados claros e objetivos, comprometidos com o caminho sustentável.
Em suma, as vantagens de adotar a agenda ESG são significativas para empresas, investidores e consumidores. No entanto, importante assinalar que promessas vazias de adoção de práticas sustentáveis não são suficientes. Para implementar uma jornada ESG é necessário estudo, análise, planejamento e estratégias críveis alinhadas à sustentabilidade financeira, uma vez que investimentos iniciais são necessários. Nesse sentido, o Bandes está preparado para apoiar a implementação da agenda ESG no Estado.
*Diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Mestre em Ciências Econômicas pelo Instituto de Economia da UFRJ. Exerceu a função de secretário-adjunto da Secretaria de Acompanhamento Econômico (2000-2006) e de Secretário de Acompanhamento Econômico (2009-2007) do Ministério da Fazenda. Foi subsecretário de Finanças do Estado do Rio de Janeiro (2007-2011), diretor-geral da Estruturadora Brasileira de Projetos (2011-2014) e Secretário do Tesouro Nacional (2015). Esteve à frente, como diretor-executivo (2017-2021), do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies).
O conceito, amplamente divulgado, despontou no mercado financeiro a partir de uma busca por indicadores que traduzissem as ações de sustentabilidade nos resultados. A sigla foi mencionada pela primeira vez em 2004, em um grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment (PRI), rede ligada à ONU com o objetivo de convencer investidores por investimentos sustentáveis.
A pauta tende a se fortalecer, acompanhando as demandas do público, as alterações nos hábitos de consumo e as inovações no universo empresarial. Atualmente investidores analisam aspectos que vão além da dimensão financeira (EBITDA, receitas, custos, estruturação de financiamento, ativos e passivos, etc.) da governança corporativa tradicional que impacta a gestão ou a qualidade de produtos e serviços. Concretamente, as partes interessadas envolvidas direta ou indiretamente na governança empresarial agora consideram a adoção de boas práticas de sustentabilidade, governança e de responsabilidade social, diversidade, entre outros. Mas, na prática, por que uma organização deveria adotar uma agenda sustentável?
Ao acompanhar constantemente os avanços e os resultados de cada temática separadamente (ambiental, social e de governança), as empresas desenvolvem relações mais sólidas com seus colaboradores, reguladores, fornecedores e clientes. Empresas que focam em ESG têm vantagens no mercado, com a possibilidade de reduzir custos e aumentar a rentabilidade a médio e longo prazo. Isso se deve à atração e à fidelização de clientes por meio de produtos mais sustentáveis. Práticas ambientais, como redução do consumo de água e energia, ou seu reuso ou a adoção de energia renovável podem resultar em economia de custos e maior apoio financeiro. Além disso, há a valorização da marca e a governança ganha mais transparência, com divulgação regular de relatórios das ações e resultados claros e objetivos, comprometidos com o caminho sustentável.
Em suma, as vantagens de adotar a agenda ESG são significativas para empresas, investidores e consumidores. No entanto, importante assinalar que promessas vazias de adoção de práticas sustentáveis não são suficientes. Para implementar uma jornada ESG é necessário estudo, análise, planejamento e estratégias críveis alinhadas à sustentabilidade financeira, uma vez que investimentos iniciais são necessários. Nesse sentido, o Bandes está preparado para apoiar a implementação da agenda ESG no Estado.
*Diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Mestre em Ciências Econômicas pelo Instituto de Economia da UFRJ. Exerceu a função de secretário-adjunto da Secretaria de Acompanhamento Econômico (2000-2006) e de Secretário de Acompanhamento Econômico (2009-2007) do Ministério da Fazenda. Foi subsecretário de Finanças do Estado do Rio de Janeiro (2007-2011), diretor-geral da Estruturadora Brasileira de Projetos (2011-2014) e Secretário do Tesouro Nacional (2015). Esteve à frente, como diretor-executivo (2017-2021), do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies).