Com 35 anos de história em Mimoso do Sul, a Poli Material de Construção sempre foi referência em manutenção residencial. No entanto, com as fortes chuvas de 2024, a Poli sofreu grandes perdas. Foi neste momento que o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) desempenhou um papel fundamental na recuperação da empresa, com capital de giro para restabelecer as atividades.

Os recursos ofertados aos negócios da região de Mimoso fizeram parte de uma série de ações do Governo do Espírito Santo, que disponibilizou R$ 50 milhões, por meio do Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba (FORTEC). Com os recursos, o Bandes ofertou uma linha de financiamento emergencial destinada ao atendimento às empresas dos municípios atingidos pelas chuvas, beneficiando cerca de 100 empreendimentos em oito municípios atingidos, incluindo Mimoso, o mais afetado.

O diretor-presidente do Bandes, Marcelo Barbosa Saintive, destaca que os bancos de desenvolvimento têm também, em sua essência, esse papel de estar presente em momentos em que o crédito convencional ainda não consegue se instalar.

"O Bandes, como banco de desenvolvimento regional, tem um compromisso fundamental com o fortalecimento da economia, especialmente em momentos de calamidade, quando nosso papel se torna ainda mais estratégico”, enfatiza Saintive.

O presidente do Bandes lembra ainda que a equipe do banco montou uma força-tarefa para dar celeridade ao atendimento das demandas das empresas afetadas. “Acreditamos que o acesso ao crédito emergencial é um instrumento essencial para garantir a continuidade dos negócios, preservar empregos e impulsionar a recuperação econômica das regiões afetadas. Com condições diferenciadas de financiamento, oferecemos suporte financeiro para que empreendedores possam reerguer suas atividades com segurança e planejamento. O objetivo aqui não é apenas oferecer recursos, mas ser um parceiro ativo na reconstrução econômica, promovendo soluções sustentáveis que reforcem a resiliência dos negócios e das comunidades", pontua.

A devastação trouxe desafios imensos para a tradicional loja, que viu seu estoque comprometido e sua estrutura danificada. A atuação do Bandes foi decisiva para a Poli e para diversas outras empresas da região que sofreram com as consequências das chuvas. Por meio de linhas de crédito emergenciais, o banco viabilizou a recuperação dos negócios afetados, garantindo que outros comerciantes como Fabiano Viana Guarçoni e Rodrigo Edmar Silva, os proprietários do negócio, tivessem condições de reerguer seus empreendimentos. Esse suporte financeiro possibilitou a reposição de estoque, a reestruturação da loja e a retomada do atendimento ao público.

A empresa adota um modelo de negócio que é bem próximo ao consumidor final. Esse tipo de loja de material de construção é conhecido como "home center de bairro", "casa de ferragens" ou simplesmente "loja de manutenção residencial". O foco principal está em oferecer pequenos itens essenciais para reparos domésticos, atendendo diretamente o morador que realiza manutenção na própria casa, sem precisar recorrer a grandes lojas de construção. Guarçoni garante que este modelo de negócios faz sucesso na cidade. “A pessoa sabe que pode passar por outras lojas, mas vai encontrar aqui. Vendemos itens variados para manutenção”, explica.

Outro capítulo marcante na história da Poli foi a transição da gestão. Após anos à frente do negócio, Fabiano Viana Guarçoni decidiu passar o comando para Rodrigo Edmar da Silva, conhecido popularmente na cidade como “Mocotó”, amigo e funcionário de longa data. Essa mudança representou não apenas a continuidade da loja, mas também um símbolo de resiliência e amizade em um momento de grande dificuldade. Com o apoio do Bandes, Silva assumiu a missão de manter viva a tradição da Poli, garantindo que a loja continuasse sendo um ponto de referência para a comunidade.

De acordo com o empresário, a reposição de mercadorias é constante, então a loja vai se reestruturando ao mesmo tempo em que o funcionamento foi voltando à normalidade. “Estamos ainda nos organizando. Depois do horário de funcionamento, ficamos aqui e organizamos o estoque, tem coisa que ainda nem mexemos”, explica Rodrigo que enfatiza que a ideia é retornar o mesmo quantitativo e variedade de itens ofertados na loja para atendimento à clientela.

Hoje, sob a liderança de Rodrigo Edmar da Silva, a Poli Material de Construção segue firme, renovada e comprometida em atender a comunidade com qualidade e dedicação. A superação das adversidades reforçou ainda mais o laço da loja com a cidade, demonstrando que, com apoio e união, é possível reerguer o que foi abalado pela força da natureza. Graças ao suporte do Bandes, a Poli não apenas se reergueu, mas também fortaleceu sua posição como um símbolo de resistência e perseverança para Mimoso do Sul.

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